O cartaz oficial do 65º Festival de Cannes já foi divulgado, prestando assim uma homenagem a Marilyn Monroe. O certame irá decorrer entre os dias 16 e 27 de Maio. Será então por essa altura que iremos ter acesso às estreias mais antecipadas do ano. Recorde-se que "A Arvore da Vida" e "Meia Noite em Paris", ambos nomeados ao Oscar de melhor filme, tiveram a sua ante-estreia mundial no Festival de Cannes o ano passado.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Review - "Extremamente Alto, Incrivelmente Perto" (2011)
Antes de mais, confesso-me como um verdadeiro fã de toda a obra do cineasta Stephen Daldry. Com uma carreira que conta com uma dúzia de anos e com apenas quatro filmes, este é um daqueles talentos que brilha. A sua eficiência e talento estão mais que provados com as nomeações que obteve da Academia. Foi num filme dele que Nicole Kidman e Kate Winslet ganharam um Óscar e Max Von Sydow foi nomeado.
"Extremamente Alto, Incrivelmente Perto" é o seu ultimo trabalho que arrecadou a nomeação para melhor filme pela Academia. Um trabalho que não foi muito bem recebido pelo publico americano mas, pelo menos cativou-me. O melhor do filme é, sem duvida alguma o argumento - uma historia incrível que aborda o amor de um filho pelo pai, apesar de muitos insistirem que o filme é sobre o 11 de Setembro. Esqueçam essa ideia: Como o próprio poster faz questão de dizer: "Não é uma historia sobre o 11 de Setembro. É sobre os dias seguintes".
Em "Extremamente Alto, Incrivelmente Perto" assistimos ao modo como um jovem Oskar Schell (Thomas Horn) lida com a dor da perda do pai no 11/09. Um ano depois da perda, Oskar encontra no fundo de um jarro azul que estava guardado no guarda-roupa do pai uma chave, e com ela apenas uma pista: o nome Black. Decidido a encontrar a fechadura que esta chave abre, Oskar parte numa expedição que o faz lembrar os jogos que fazia com o seu pai, na qual conhece seres humanos incríveis.
Thomas Horn interpreta com distinçao Oskar Schell, um pré-adolescente sobredotado com um raciocínio de rapidez consideravél, extremamente cauteloso e capaz de conseguir bater o recorde de maior numero de palavras ditas num curto espaço de tempo, dada a rapidez com que fala. Apesar de se assumir como uma promessa, as grandes interpretaçoes do filme são de secundários como Max Von Sydow com um papel fantástico mesmo sem pronunciar uma unica palavra, de Viola Davis nos poucos minutos que apareceu ou até de Sandra Bullock.
"Extremamente Alto, Incrivelmente Perto" tem a capacidade de nos contar uma boa historia e de nos arrancar umas lagrimas mesmo quando sabemos que estamos a ser iludidos mas, afinal de contas, o cinema é isso mesmo. É certo que se nota, desde os primeiros minutos, a preocupação com a criação de um drama que assente nas medidas da Academia, mas isso não tem de ser necessariamente mau.
"Extremamente Alto, Incrivelmente Perto" assume-se, assim, como um dos filmes do ano e a sua visualização vale a pena, quanto mais não seja pela história.
First of all, I confess: I'm a true fan of all Stephen Daldry's work, with a career of a dozen years and only four movies, this is one of those talents that shine. His efficiency and talent are more than proven with the nominations he got by the Academy. It was in one of his movies that Nicole Kidman and Kate Winslet won an Oscar and Max Von Sydow was nominated.
"Extremely Loud, Incredibly Close" is his last work that got the nomination for best movie by the Academy. It wasn't quiete well received by the american audience but, at least, it captivated me. The best of the movie is, without a doubt, the screenplay - an amazing story that talks about the love of a son for his father, although many insist that the movie is about the 9/11. Forget that idea: As the poster itself says:" It's not a story about the 9/11. It's about the days that followed".
In "Extremely Loud, Incredibly Close" we watch to Oskar Schell (Thomas Horn), a young boy that deals with the grief of his dad's lost on the 9/11. A year after that, Oskar finds at the bottom of a blue jar that was kept in his father's closet, a key and with it, a clue: the name Black. Determined to find the locker to the key, Oskar starts a journey that reminds the games he used to play with his father, in which he meets many incredible human beings.
Thomas Horn plays amazingly Oskar Schell, a gifted teen, with a quick logic, extremely careful and capable to beat the record of most words spoken in a short period of time, given the speed in which he talks. Despite considering himself as promising, the best interpretations are secondary, like Max Von Sydow that with an awesome part, even without saying a word, Viola Davis in the few minutes she appeared or even Sandra Bullock.
"Extremely Loud, Incrdibly Close" assumes itself as one of the best movies of the year, and it's worth watching, at least for the story.
First of all, I confess: I'm a true fan of all Stephen Daldry's work, with a career of a dozen years and only four movies, this is one of those talents that shine. His efficiency and talent are more than proven with the nominations he got by the Academy. It was in one of his movies that Nicole Kidman and Kate Winslet won an Oscar and Max Von Sydow was nominated.
"Extremely Loud, Incredibly Close" is his last work that got the nomination for best movie by the Academy. It wasn't quiete well received by the american audience but, at least, it captivated me. The best of the movie is, without a doubt, the screenplay - an amazing story that talks about the love of a son for his father, although many insist that the movie is about the 9/11. Forget that idea: As the poster itself says:" It's not a story about the 9/11. It's about the days that followed".
In "Extremely Loud, Incredibly Close" we watch to Oskar Schell (Thomas Horn), a young boy that deals with the grief of his dad's lost on the 9/11. A year after that, Oskar finds at the bottom of a blue jar that was kept in his father's closet, a key and with it, a clue: the name Black. Determined to find the locker to the key, Oskar starts a journey that reminds the games he used to play with his father, in which he meets many incredible human beings.
Thomas Horn plays amazingly Oskar Schell, a gifted teen, with a quick logic, extremely careful and capable to beat the record of most words spoken in a short period of time, given the speed in which he talks. Despite considering himself as promising, the best interpretations are secondary, like Max Von Sydow that with an awesome part, even without saying a word, Viola Davis in the few minutes she appeared or even Sandra Bullock.
"Extremely Loud, Incrdibly Close" assumes itself as one of the best movies of the year, and it's worth watching, at least for the story.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Academy Awards 2012 - Vencedores
Melhor Filme
“The Artist”
Melhor Realizador
Michel Hazanavicius, “The Artist”
Melhor Actor
Jean Dujardin, “The Artist”
Melhor Actriz
Meryl Streep, “The Iron Lady”
Melhor Actor Secundário
Christopher Plummer, “Beginners”
Melhor Actriz Secundária
Octavia Spencer, “The Help”
Melhor Argumento Original
“Midnight in Paris”
Melhor Argumento Adaptado
“The Descendants”
Melhor Fotografia
Robert Richardson, “Hugo”
Melhor Direcção Artística
“Hugo”
Melhor Maquilhagem
“The Iron Lady”
Melhor Guarda-Roupa
“The Artist”
Melhor Edição
"The Girl with the Dragon Tattoo"
Melhor Banda Sonora Original
“The Artist”
Melhor Canção Original
“Man or Muppet” – “The Muppets”
Melhor Edição de Som
“Hugo”
Melhor Mistura de Som
“Hugo”
Melhores Efeitos Visuais
“Hugo”
Melhor Filme Animado
“Rango”
Melhor Filme Estrangeiro
“A Separation”
Sucesso nas Apostas: 70 %
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Academy Awards 2012 - "As nossas Apostas"
Best Motion Picture of the Year
Best Achievement in Editing
Best Achievement in Art Direction
Best Achievement in Makeup
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
O Artista (2011): Thomas Langmann
Best Achievement in Directing: Michel Hazanavicius for O Artista (2011)
Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen: Meia-Noite em Paris (2011): Woody Allen
Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
Best Foreign Language Film of the Year Uma Separação (2011): Asghar Farhadi(Iran)
Best Achievement in Editing
Best Achievement in Art Direction
Best Achievement in Makeup
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres (2011): David Parker, Michael Best
Achievement in Sound Editing
Achievement in Sound Editing
Destino: Oscars - Leading actor
Comecemos pelo discriminado: Brad Pitt é um dos atores mais talentosos que conheço, e as suas extraordinárias performances têm vindo a ser ignorados ano após ano pela Academia. Razão para tal: não há razão. A sua versatilidade é inquestionavel e a prova disso são os dois desempenhos que tem nos dois filmes que estreou este ano "A Arvore da Vida" e "Moneyball" (ambos nomeados para melhor filme). Este ano não vai ser excepção e a Academia não o vai premiar. Apesar de muito boa a sua performance em "Moneyball" distancia-se em muito da performance em "Fight Club" e "O Estranho Caso de Benjamin Button".
George Clooney "peso-pesado" este ano tem concorrencia da "pesada". O "cinquentão" bonito de Hollywood está duplamente nomeado: como argumentista ("Nos Idos de Março") e como actor principal pela sua performance em "Os Descendentes". A sua prestação esta excelente conferindo ao filme o valor que este tem. George é um dos favoritos mas pode causar estragos (é quase certo que vai causar estragos.)
Gary Oldman estreia-se nas lides da Academia com o seu papel de espião em "A Toupeira". A primeira nomeação de uma carreira que há muito merecia não só nomeações como um Oscar. É tão bom dizer: Academy Award Nominee Gary Oldman. Não vai ganhar pela certa mas pelo menos viu o seu trabalho reconhecido ( bastante tarde).
Damián Bechir foi a verdadeira surpresa nas nomeações. O ator mexicano, que interpreta o papel de um imigrante ilegal que tenta tornar melhor a vida do filho, tem para mim a melhor performance de todos os nomeados mas, as provabilidades de ganhar são muito poucas. De qualquer dos modos a nomeação irá com toda a certeza dar um impulso na sua carreira.
O Oscar vai ser disputado por Clooney e Dujardin. A guerra só encerra quando nome for anunciado. Eu aposto em Jean Dujardin. Apesar dos favoritos à vitória se fosse membro da Academia o meu voto cairia sobre Bechir.
Destino: Oscars - Supporting Actor
A categoria de melhor actor secundário é na minha opinião a categoria onde encontramos as melhores performances do ano. Não só nos nomeados como alguns dos que foram esquecidos. No lote dos esquecidos ficou a extraordinária performance de Albert Brooks em “Drive”, Viggo Mortensen em “A Dangerous Method” ou até Armie Hammer em “J. Edgar”. No entanto, só há lugar para cinco candidatos e penso que apesar de toda a controvérsia acabaram por ser bem escolhidos. Christopher Plummer, Nick Nolte, Max Von Sydow, Kenneth Branagh e Jonah Hill são estes os contemplados com a nomeação da Academia.
Jonah Hill é claramente o mais novo e o único estreante nesta categoria. Aos 29 anos Jonah arrecada a sua primeira nomeação com o primeiro desempenho mais sério da sua carreira. Em “Moneybal” interpreta Peter Brand, um jovem apaixonado por desporto que introduz a estatística no baseball de forma a combater as dificuldades monetárias da equipa. Este personagem valeu a Jonah nomeações para todas as entregas de prémios e apesar do seu papel secundário houve momentos em que graças à sua extraordinária interpretação conseguiu ofuscar Brad Pitt. Não me parece que vá ganhar o Oscar dada a concorrência, mas a nomeação já é por si só uma grande vitória.
Nick Nolte soma com esta 3 nomeações ao Oscar, aos 71 anos este fantástico actor congratula-nos com uma das melhores interpretações do ano em “Warrior”. (Desviando-me do tema de conversa quero aqui manifestar a minha indignação perante a falta de reconhecimento que foi dada a “Warrior” um dos melhores filmes do ano.) Todas as cenas em que Paddy Conlon (Nick Nolte) aparece no filme são de uma carga emotiva extraordinária. É a prova de que se pode fazer muito com um papel pequeno. A cena em que está embriagado ao lado do seu filho Tommy (Tom Hardy) é incrivelmente emocionante, arrisco-me a classifica-la na melhor do ano. É quase certo que não ganhe o Oscar, mas não é por falta de talento.
Max Von Sydow, mais uma interpretação curta mas muito marcante. Com 82 anos e duas nomeações ao Oscar, Max foi o nomeado que muito poucos esperavam. Contudo, a sua interpretação em “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto” é deliciosamente enternecedora apesar de não dizer uma única palavra. A surpresa manifestada tem a ver com as críticas ao filme, que eu não percebo. Recorde-se que “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto”esta nomeado na categoria de melhor filme. Não me parece que Max Von Sydow vá levar o Oscar para casa, mas nem sabem o quão feliz fiquei pela sua nomeação. (Sou um verdadeiro fã do filme).
Kenneth Branagh consegue a sua 5º nomeação ao Oscar com o retrato eximio do Sir Laurence Olivier onde nem a voz escapou. Em "A minha semana com a Marylin" Kenneth intreperta o realizador e actor casado com a estupenda Vivien Leigh que quase perdeu o seu temperamento com Marylin Monroe enquanto gravam o filme "O príncipe e a Corista". Um desempenho muito razoável que com certeza não o fara ganhar o Oscar mas, que nos chamou mais uma vez à atenção o talento do actor Britânico.
E por fim o claro vencedor: Christopher Plummer. Caso Plummer não vença essa será a maior surpresa da noite. O Globo de Ouro, o Bafta e o SAG Award tiveram apenas um destino: Plummer. E de facto, Christopher merece estes e todos os prémios. De realçar o facto de esta ser apenas a segunda nomeação na sua extraordinária carreira e que a anterior foi apenas há dois anos atrás com “A Última Estação”. Em “Assim é o Amor” Plummer interpreta Hal Fields um idoso que após a morte da sua esposa revela a sua homossexualidade ao seu filho, tentando ser feliz nos últimos anos da sua vida enquanto luta contra um cancro. Uma interpretação soberba de um dos veteranos de Hollywood. Estou ansioso para o ouvir discursar.
Não há espaço para duvidas Christopher Plummer leva o Oscar. Pode não ser o melhor de todos os desempenhos em competição mas Christopher merece-o quanto mais não seja pela sua carreira estupenda. De realçar que caso ganhe Christopher Plummer ou Max Von Sydow irá bater-se um recorde: o de o actor mais velho a ganhar um Oscar. Recorde-se que ambos os actores têm 82 anos.
The category for best supporting actor is, in my opinion, the category in which we find the best performances of the year. Not only in the nominees, but also in the forgotten ones. In the forgotten ones bunch was the extraordinary performance of Albert Brooks in “Drive”, Viggo Mortensen in “A Dangerous Method” or even Armie Hammer in “J. Edgar”. However, there’s only place for five contenders and, I think that, though all the controversy, they ended up being well chosen. . Christopher Plummer, Nick Nolte, Max Von Sydow, Kenneth Branagh e Jonah Hill are the contemplated with the nomination of the Academy.
Jonah Hill is clearly the youngest and the only debutant in this category. At the age of 29, Jonah gets his first nomination in the most serious performance of his career. In “Moneyball” he plays Peter Brand, a passionate for sports, that introduces statistics in baseball, in order to reduce the economic difficulties of the team. This character was made him get nominations for every award ceremony and, though his supporting role, there were moments in which he was able to outshine Brad Pitt, thanks to his extraordinary performance. I don’t think that he will win the Oscar due to the rivals, but the nomination is already a victory.
Nick Nolte has his third nomination to the Oscar, at the age of 71, this amazing actor welcome us with one of the best performances of the year in “Warrior” ( Skipping the subject, I want to state my disapproval to the lack of recognition to “Warrior”, one of the best movies of the year.) All the scenes in which Paddy Conlon (Nick Nolte) appears in the film have tremendously emotional. He proves that it’s possible to have a great performance with a small part. The scene in which he his drunk, next to his son Tommy (Tom Hardy) is incredibly moving, I dare to classify it as the best of the year. It’s almost certain that it won win the Oscar, however, it’s not out of lack of talent.
Max Von Sydow, another short interpretation, rather remarkable. With 82 years and two Oscar nominations, Max was the unexpected nominee. Yet, his interpretation in “Extremely Loud, Incredibly Close” is deliciously heartwarming, though he doesn’t even say a word. The big surprise is due to the reviews of the movie, which I don’t get it. Remember that “Extremely Loud, Incredibly Close” is nominated in the category for best movie. I don’t believe that Max Von Sydow will win an Oscar home, but you can’t imagine my happiness as for this nomination (I’m a huge fan of the movie).
Kenneth Branagh gets his fifth Oscar nomination for the amazing interpretation of Sir Laurence Olivier, where not even the voice was forgotten. In “My Week With Marylin”, Kenneth Branagh plays the director and actor married to the splendid Vivien Leigh that had almost lost her temper with Marylin Monroe while shooting the movie “The Prince and the Showgirl”. A very good performance that won’t make him win the Oscar, but as caught our attention, once again.
At last, the obvious winner: Christopher Plummer. In case Plummer doesn’t win, that will be the biggest surprise of the evening. The Golden Globe, the BAFTA, the SAG Award had only one destiny: Plummer. In fact, Christopher deserves this and all other awards. To enhance that this is only the second nomination of his extraordinary career and that the previous was just two years ago with “The Last Station”. In “Beginners”, Plummer plays Hal Fields, an elderly man that after the death of his loving wife reveals his homosexuality to his son, so as to try to be happy in the last years of his life, while fighting cancer. A superb interpretation of a veteran of Hollywood. I can’t wait to hear his speech.
There’s not doubt: Christopher Plummer will win the Oscar. It might not be the best performance in the competition, but Christopher deserves it, even it’s only for his stunning career. To emphasize that if either Christopher Plummer or Max Von Sydow win, a record will be broke: the oldest actor winning an Oscar. Remember that both have 82 years.
Destino: Oscars - Leading Actress
O Oscar para melhor actriz tem na sua disputa 5 talentos incríveis, desde a actriz com mais nomeações na história da academia à mais recente musa de David Fincher, passando pela Marylin Monroe dos dias de hoje. 5 Das mais brilhantes estrelas de Hollywood congratularam-nos com desempenhos arrebatadores, mas apenas uma irá ganhar o Oscar.
Comecemos pela veterana: Meryl Streep dispensa apresentações, a sua primeira nomeação ao Oscar foi há 33 anos, a sua primeira vitoria há 32 por “Kramer contra Kramer” e desde então arrecadou um total de 2 Oscars e a extraordinária quantia de 17 nomeações. A mais recente foi graças à sua interpretação arrebatadora de Margaret Thatcher, desempenho esse que já lhe valeu um Globo de Ouro e um Bafta. Em “A Dama de Ferro” Meryl Streep encarna cada tique e expressão de Margaret de uma forma surpreendente, os elogios da critica foram inúmeros e o Oscar parece ser lhe destinado. Uma terceira vitória é muito merecida, e é ainda mais merecida se tivermos em conta o seu excelente percurso da actriz.
Rooney Mara é a novata do grupo, esta é a sua primeira nomeação ao Oscar que advém do seu primeiro grande papel. A sua composição como Lisbeth Salander é deliciosamente negra e o resultado disso foi a capacidade com que conseguiu tornar-se a grande protagonista de “Millenium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres”. Confesso que me tornei um enorme fã de Rooney e que por mim ela ganhava, mas o meu lado racional e critico diz-me que não vai ser bem assim. Contudo, já por inúmeras vezes vimos actrizes que na sua primeira nomeação arrecadaram o prémio mesmo com concorrência feroz, Reese Whitherspoon foi uma delas.
Glenn Close regressa à corrida aos Oscars 23 anos depois da sua última nomeação, esta é a sexta na sua carreira, onde um Oscar ainda não consta. “Albert Nobbs” é o nome não só do filme como do personagem que a trouxe de volta ao grupo das melhores. Um desempenho acima de tudo comovente, onde dá vida a uma mulher que teve de esconder a sua identidade e fazer passar-se por homem para conseguir sobreviver. Glenn Close é o motor do filme. Esta interpretação razoavél já lhe valeu uma nomeação a um Globo de Ouro e quanto ao Oscar as opiniões dividem-se.Glenn tirou o lugar a Tilda Swinton, que na minha opinião tem uma performance arrebatadora em "Precisamos de Falar sobre o Kevin".
Viola Davis é uma das fortes candidatas ao Oscar; a sua Aibileen Clark encheu-nos o coração, e apesar de já terem passado uns meses desde que vi o filme ainda me permanece na mente a cena em que Aibileen está com uma menina ao colo e lhe diz com uma ternura desmesurada “ You is Kind. You is smart. You is important”. Penso que o facto de esta cena ainda me permanecer na cabeça nos diz bastante da profundidade da sua interpretação. Esta Aibileen já valeu a Viola um SAG Award, a nomeação ao Globo de Ouro e ao Bafta. Esta é a sua segunda nomeação ao Oscar, em 2008 foi nomeada pelo deu papel em “Dúvida” ao lado de Meryl Streep.
Michelle Williams conta com esta 3 nomeações. O seu desempenho como Marylin Monroe está subtilmente estupendo. A graciosidade do maior icone de beleza de sempre foi adquirida magistralmente por aquela que se assume como a melhor actriz da sua geração. Michelle Williams é a definição de talento e beleza. Duvido que alguém conseguisse fazer este papel melhor que ela. Mais cedo ou mais tarde um Oscar irá ter com ela e se não for este muitas mais oportunidades irão aparecer.
O concensso não foi ainda antigido quanto à favorita, podendo ser nesta categoria que se dê a maior surpresa da noite. Meryl Streep tem todas as condições para levar o Oscar mas, a concorrência é pesada. Se fosse votante o meu voto cairia ou na Rooney ou Michelle.
There are 5 incredible talented actresses fighting for the Oscar for best actress, since the actress with most nominations in the history of the academy, to the most recent muse of David Fincher, through the Marylin Monroe of this days. Five of the most shinning stars in Hollywood congratulate us with overwhelming performances, but only one will win the Oscar.
Let’s start with the veteran: Meryl Streep dismisses presentations, the first Oscar nomination was 33 years ago, her first victory was 22 years ago for “Kramer vs. Kramer and since then, she has won a total of 2 Oscars and the extraordinary number of 17 nominations. The most recent was due to the amazing part as Margaret Thatcher, and that performance made her win a Golden Globe and a Bafta. In “The Iron Lady”, Meryl Streep embodies every expression of Margaret, in a surprising way, the critics were numerous and the Oscar seems to be destined. A third victory is very well-deserved, and even more deserved if we take in consideration her excellent journey as an actress.
Rooney Mara is the rookie of the group, as this is her first Oscar nomination that comes from her first big part. Her interpretation as Lisbeth Salander is deliciously dark and the result of it was the ability with which she was able to become the big leading actress of “The Girl with a Dragon Tattoo”. I confess I became a huge fan of Rooney and, for me, she should win everything, but then, my rational and critic side tells me that it shouldn’t be like this. However, for several times, we have seen actresses that, in their first nomination, won the award, despite the fierce competition, and Reese Whitherspoon was one of them.
Glenn Close is back on the running for the Oscars 23 years after her last nomination, this is the sixth of her career, in which an Oscar isn’t listed. “Albert Nobbs” isn’t just the name of the movie. It’s also the name of the character that brought Glenn back to the top. A performance especially moving, where she plays a woman that had to hide her identity and pretend to be a man to able to survive. Glenn Close is the engine of the movie. This good interpretation as made her win a Golden Globe nomination and, about the Oscars, opinions divide.
Viola Davis is a strong contender to the Oscar; her Aibileen Clark filled our heart, and though it has been some months since last I saw the movie, I still have in mind the scene where Aibileen has a little girl on her lap and tells her, with such tenderness “You is Kind. You is smart. You is important”. I think that the fact that I still have this image in mind, tells u show deep was her performance. This Aibileen has made Viola win a SAG Award, the nomination to both Golden Globes and BAFTA. This is her second nomination to the Oscar; in 2008 she was nominated for her part in “Doubt”, side by side to Meryl Streep.
Michelle Williams has now her third nomination. Her performance as Marylin Monroe is subtly wonderful. The grace of the greatest icon of beauty of all time was masterfully acquired by the one who assumes herself as the best actress of her generation. Michelle Williams is the definition of beauty and talent. I doubt the existence of any other woman for this role. Sooner or later, an Oscar will come to her, and if this isn’t the year, other opportunities will come.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Review - "The Descendants" (2011)
“Os Descendentes” é o mais recente filme do realizador Alexander Payne (Sideways), onde nos é dado a conhecer Matt King (George Clooney), um pai e marido ausente, que após a sua mulher sofrer um acidente e entrar em coma se vê na obrigação de comandar as rédeas da família. Contudo, esta tarefa não se avizinha fácil: a sua relação com as filhas ficou perdida no tempo que não passaram juntos o que torna as coisas mais complicadas, o estado de saúde da sua mulher fica cada vez mais frágil, tem nas mãos um negócio que o poderá tornar milionário e como se isto não fosse suficiente descobre que a sua mulher o traiu através da sua filha mais velha (Shailene Woodley) e decide ir procurar o amante da mulher com a família a reboque.
Em “Os Descendentes” acompanhamos os problemas de uma família havaiana, e o filme parte deste contraste: Havai Vs Problemas familiares, uma vez que todos associamos a vida no Havai ao paraíso. Este é um dos pontos favoráveis do filme, o local escolhido para gravar, a bonita paisagem sai-se muito bem e a banda sonora dá uma excelente ajuda. O argumento não se saiu mal, mas aquela ideia de querer encontra o amante da mulher para se despedir dela não me convenceu minimamente (nenhum homem na vida real faria isso), assim como a personagem de Judy Greer (especialmente a sua ultima cena). As interpretações são sem dúvida o ponto alto do filme. Clooney tem em “Os Descendentes” a melhor performance da sua carreira, ainda que não sei porquê me faça lembrar “Nas Nuvens”. Shailene Woodley mostrou o seu talento com uma personagem francamente irritante interpretando-a de uma forma surpreendente que me deixou vontade de conhecer mais do seu trabalho (mas é claro que não vou ver “A vida Secreta de um teenager Americana”). Sid (Nick Krause) tornou o filme mais descontraído com as suas intervenções desnecessárias mas engraçadas. O melhor de “Os Descendentes” é a capacidade que tem de nos comover e ao mesmo tempo de nos pôr bem-dispostos. Um drama com fragmentos de comédia excelente para uma tarde de domingo. De qualquer dos modos não posso deixar de dizer que na minha opinião o filme foi sobrevalorizado.
“The Descendants” is the most recent movie of the director “Alexander Payne (Sideways), where we meet Matt King (George Clooney), a father and absent husband, that after the accident of his wife and consequently coma, was forced to take control of his family. However, this task isn’t expected to be easy: his relationship with his daughters was lost because of the time they didn’t spend together, which makes things even harder, the health of his wife is getting worse and worse, and he has in his hands a business that could make him millionaire , as if that wasn’t enough, he discovers that his wife cheated on him through his older daughter (Shailene Woodley) and decides to look for the lover , taking his family with him.
In “The Descendants”, we follow the problems of an Hawaiian family , and the film starts from this contrast: Hawaii vs family problems, once we all associate the life in Hawaii to paradise. This is one of the good moments of the movie, the place chosen to shoot, the beautiful scenery and the soundtrack also helps. The screenplay was ok, but the idea of wanting to find the lover his wife, to say goodbye to her didn’t convince me at all (any man would do such thing), as the character Judy Greer (specially her last scene). The interpretations are, without a doubt, the best of the movie. Clooney has in “The Descandents” the best performance of his career, although I don’t know why it reminds me of “Up in the Air” Shailene Woodley proved her talent with a character frankly annoying, playing it in an surprising way, that made want to know more about her work (but, obviously, I’m not going to watch “The Secret Life of an American Teenager”) . Sid (Nick Krause) turned the movie more relaxed with his unnecessary, however funny, interventions. The best of “The Descendants” is the ability to touch us and, at the same time, put us in a good mood. A drama with pieces of comedy, excellent for a Sunday afternoon. Anyway, I can’t finish without saying that the movie, in my opinion was overrated.
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